O Governo do Amazonas, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se reuniram nesta sexta-feira (30/08) para discutir o Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR). Durante o encontro, foram abordados os critérios de elegibilidade para selecionar o município e as comunidades rurais do Amazonas que receberão um projeto piloto voltado a oferecer serviços de saneamento básico sustentável para a população.
A reunião ocorreu na sede da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), que, juntamente com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), fornecerá apoio institucional ao projeto.
Também esteve presente na reunião o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, contratado pelo BID para prestar consultoria ao projeto no Amazonas. A próxima etapa na implementação do PNSR será o mapeamento dos municípios e a apresentação dos resultados, juntamente com um diagnóstico participativo das condições sanitárias no estado.
Marcellus Campêlo, secretário da UGPE, enfatizou a relevância da implementação do Projeto Piloto para beneficiar a população do interior do estado. “Estamos muito otimistas e satisfeitos em participar deste projeto e temos a esperança de que esse piloto possa gerar uma política pública nacional para atender as comunidades rurais, especialmente no que se refere ao fornecimento de água potável, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos”, ressaltou Campêlo.
Gustavo Méndez, coordenador dos Países do Cone Sul do BID, observou que o projeto está alinhado com outras iniciativas apoiadas pela instituição no estado, que também promovem saneamento básico, como o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) e o Programa de Saneamento Integrado (Prosai), ambos executados pela UGPE.
“A expectativa é que o PNSR seja implementado no Amazonas e que suas experiências bem-sucedidas possam ser replicadas. Teremos muito trabalho até abril do próximo ano, começando com um diagnóstico participativo nos três eixos: gestão, participação comunitária e tecnologias”, afirmou Méndez.
Alberto Barros, coordenador de saúde pública da Funasa, destacou a importância de ouvir a população e compreender as particularidades do município escolhido para receber as ações.
“Precisamos primeiro conhecer essas pessoas e entender o que elas almejam. A Funasa já está trabalhando nesse sentido, realizando um diagnóstico inicial para guiar as ações futuras na comunidade”, afirmou.
O BID já implementou o projeto em comunidades do Piauí, do Distrito Federal e da Bahia. Com a cooperação técnica da Funasa, UGPE e Sedurb, a iniciativa agora está chegando ao Amazonas.