O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em parceria com a Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar, promoveu neste sábado (21/09) o “Festival Paralímpico” nas quadras esportivas da Feff, na zona leste de Manaus. O evento deste ano contou com mais de 400 inscritos, incluindo estudantes com e sem deficiência da rede estadual de ensino.
O festival é realizado em todo o Brasil, envolvendo mais de 190 Centros de Referência Paralímpicos (CRP) que organizam atividades esportivas em modalidades como atletismo, natação, halterofilismo, bocha, jiu-jitsu paradesportivo e vôlei sentado. De acordo com o coordenador do festival, professor Keegan Ponce, a interação entre crianças com e sem deficiência ajuda a promover a compreensão sobre a importância da inclusão.
“Para a criança com deficiência, o esporte paralímpico é um importante aliado no desenvolvimento de suas habilidades motoras. Já para a criança sem deficiência, é uma oportunidade de perceber a relevância de participar de atividades que incluam Pessoas com Deficiência”, explicou o professor.
Leandro Lucas Alves, presidente da Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Paradesportivo (FAJJP) e conselheiro estadual da Pessoa com Deficiência no Amazonas, destacou que, embora o jiu-jitsu paradesportivo não seja um esporte olímpico, é um dos mais adaptados e inclusivos do mundo. Ele também ressaltou a importância do esporte para as Pessoas com Deficiência (PCDs).
“O essencial é mostrar o valor da prática esportiva para as pessoas com deficiência, dando-lhes o direito de estar onde desejam, especialmente no caso das crianças. O esporte é um caminho para essa inclusão”, afirmou o treinador.
Para Rafaela Cristine, aluna com deficiência do 8° ano na Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos, participar do festival foi uma experiência enriquecedora, especialmente pelo contato com outros PCDs.
“É uma grande satisfação vivenciar esse aprendizado. Está sendo uma manhã incrível, pois pude conhecer cadeirantes e deficientes visuais. Estou adorando”, expressou a jovem por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O festival contou com o apoio de voluntários da Ufam e da Feff. Paratletas da rede estadual de ensino que participaram da seletiva amazonense no Parajea’s também marcaram presença no evento.