A major aviadora Joyce de Souza Conceição assumiu o comando do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) da Força Aérea Brasileira (FAB), tornando-se a primeira mulher na história da instituição a liderar uma unidade aérea.

Nomeada para o cargo em julho de 2024, a amazonense iniciou suas funções na quarta-feira (15) na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro. Seu comando está previsto para durar dois anos.

“Ser escolhida para comandar o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte, o Esquadrão Gordo, foi uma emoção indescritível. Senti uma imensa gratidão por esse reconhecimento da Força Aérea ao meu trabalho. Esta unidade é uma das mais operacionais, conduzindo inúmeras missões de grande relevância para o país”, destacou.

Importância da Unidade

O esquadrão comandado por Joyce é uma das unidades mais tradicionais e estratégicas da FAB, com papel fundamental em operações logísticas. Suas atividades incluem transporte de tropas, suprimentos e cargas, além de missões humanitárias, de defesa e resgate.

Uma Carreira de Pioneirismo

Natural de Manaus, Joyce ingressou na FAB em 2003 e concluiu sua formação como aspirante a oficial aviadora em 2006, integrando a primeira turma de mulheres aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA).

“Integrar a primeira turma de oficiais aviadoras foi um desafio imenso e uma responsabilidade enorme. Durante o período de formação, o apoio das minhas colegas e o profissionalismo dos instrutores foram essenciais para superar as adversidades”, relembra.

Após se formar, a major atuou no Norte do país pilotando aeronaves como o C-98 Caravan e o C-97 Brasília, enfrentando desafios relacionados às vastas distâncias e condições adversas da Amazônia.

Em 2012, como tenente, Joyce fez história ao ser a primeira aviadora brasileira a se habilitar no C-130 Hercules, uma das aeronaves mais icônicas da FAB. Mais tarde, em 2016, ela se tornou a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica.

“O caminho é cheio de desafios, mas coragem, determinação e preparação são as ferramentas mais importantes para superá-los. Continuem sonhando, voando e desafiando os limites, pois é assim que alcançamos voos cada vez mais altos”, concluiu a comandante.