Hoje, 4 de janeiro, celebra-se o Dia Mundial do Braille, marcando o nascimento de Louis Braille, o visionário por trás do sistema que abriu portas para que pessoas com deficiência visual explorassem o mundo através do tato. Gilson Mauro, gerente da Biblioteca Braille do Amazonas (BBAM), destaca a relevância deste dia, enfatizando o papel crucial do Braille na democratização da comunicação e na realização dos direitos humanos para indivíduos cegos.
A BBAM, referência no estado, desempenha um papel vital na integração social, cultural, educacional e profissional da comunidade com deficiência visual. Com um acervo abrangente de mais de 50 mil obras, incluindo livros digitalizados, falados, em Braille e filmes com audiodescrição, o espaço disponibiliza recursos essenciais como estúdios de gravação, máquinas de escrever em Braille, computadores especiais e dispositivos de leitura.
Gilson Mauro, que está à frente da instituição desde 2000 e também tem deficiência visual, destaca o compromisso da Biblioteca em oferecer atividades culturais e um ambiente inclusivo. Ele ressalta que o espaço é aberto a todos: pessoas com deficiência, suas famílias e a comunidade em geral, promovendo aprendizado do Braille, aulas de música e o uso de recursos acessíveis, realizando o sonho de Louis Braille de tornar o mundo acessível para todos.
A história inspiradora de Miguel, 11 anos, frequentador assíduo desde 2019, testemunha o caloroso acolhimento e as oportunidades de aprendizado oferecidas pela Biblioteca. Com entusiasmo, ele compartilha seu amor por tocar teclado, usar o reglete para escrever em Braille e receber instruções do “tio Gilson”. A iniciativa, elogiada por Ronilson Santos, pai de Miguel, tornou-se uma peça fundamental no desenvolvimento do filho, que encontrou na Biblioteca Braille não apenas educação, mas um espaço para cultivar suas habilidades e paixões.