Na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), um grupo de 118 países, incluindo o Brasil, assumiu um compromisso significativo de triplicar sua capacidade de geração de energia renovável até 2030. Além disso, outros vinte países se comprometeram a triplicar a geração de energia nuclear até 2050. Este acordo, liderado pela União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, inclui nações como Nigéria, Austrália, Japão, Canadá, Chile e Barbados.
O pacto estabelece a meta de aumentar a capacidade global de energia renovável (eólica, solar, hidroelétrica, entre outras) para 11.000 gigawatts (GW) até 2030, comparado aos atuais 3.400 GW. Especialistas enfatizam que a redução da dependência de combustíveis fósseis é essencial para alcançar a neutralidade de carbono neste século.
Embora a China e a Índia tenham demonstrado apoio, não assinaram o compromisso, que não é vinculativo. O debate entre energias renováveis e nuclear persiste, com a Agência Internacional de Energia (AIE) defendendo a compatibilidade das duas opções. Desastres nucleares como Chernobyl e Fukushima intensificaram as críticas ao uso do átomo, apesar de crises recentes, como a guerra na Ucrânia, reacenderem o debate sobre a energia nuclear.
Os Estados Unidos, França e Japão estão entre os vinte países que planejam triplicar a produção de energia nuclear. A declaração pró-nuclear da COP28 também inclui nações em desenvolvimento como Mongólia e Marrocos, países em conflito como a Ucrânia e grandes produtores de combustíveis fósseis, como os Emirados Árabes Unidos.
Atualmente, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), 412 reatores nucleares em 31 países fornecem cerca de 10% da eletricidade mundial, equivalente a 2.545 terawatts (TWh) em 2022. A energia nuclear é apontada como a mais rentável em termos de investimento por gigawatt gerado, em comparação com outras fontes renováveis, de acordo com um relatório de 2020 da AIE e da AIEA.
