A FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) recomenda a intensificação da vacinação contra a coqueluche em crianças a partir dos seis meses de vida e em mulheres grávidas a partir da vigésima semana de gestação até 20 dias antes do parto.
De acordo com a fundação, esta é uma medida preventiva após o aumento dos casos da doença no Brasil e no mundo. A nota técnica nº41/2024 foi emitida na quarta-feira (31).
“Para manter a população segura e evitar o risco de reintrodução da coqueluche no estado, é necessário que alcancemos uma cobertura vacinal de 95% da população, especialmente das crianças menores de dois anos de idade”, afirmou Ángela Desirée, gerente de imunização da FVS.
A baixa cobertura vacinal facilita a ocorrência de casos da doença, que pode ser fatal. “Por isso, é essencial implementar ações de vacinação e fortalecer as estratégias de imunização. A vacinação é a principal medida de prevenção”, destacou Desirée.
A secretária de Saúde, Nayara Maksoud, aconselha os pais a levarem seus filhos para serem vacinados. “A vacina é uma medida de prevenção importante e eficaz contra a coqueluche”, afirmou.
Nas crianças, a imunidade é adquirida quando elas recebem as três doses da vacina, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. “O calendário vacinal para crianças inclui três doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade com a tríplice bacteriana”, explicou Desirée.
A diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim, enfatizou que não é o momento de “baixar a guarda”. “A coqueluche é uma doença infectocontagiosa caracterizada por crises de tosse seca, transmitida principalmente pelo contato direto com gotículas expelidas por tosse, espirro ou fala de uma pessoa infectada”.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da coqueluche ocorre principalmente pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
Conforme dados da FVS, cinco casos da doença foram registrados no Amazonas entre 2022 e 2024, sendo quatro em 2022 e um em 2023. O PNI (Programa Nacional de Imunizações) recomenda a vacina dTpa (que previne contra difteria, tétano e coqueluche), considerando o histórico vacinal de difteria e tétano.