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Governo do Amazonas e Instituto Mamirauá estabelecem parceria para projetos de segurança alimentar no interior

Governo do Amazonas e Instituto Mamirauá estabelecem parceria para projetos de segurança alimentar no interior

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O Governo do Amazonas intensificou sua colaboração com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá para promover projetos voltados à segurança alimentar e ao acesso à água potável para as populações ribeirinhas, frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas na região. Uma agenda técnica foi realizada com líderes da organização, que está vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A programação incluiu visitas a unidades de manejo sustentável de pirarucu e jacaré, além de laboratórios científicos flutuantes, localizados nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Amanã e Mamirauá, no Médio Solimões, na segunda-feira (12/08). Durante as atividades, o vice-governador Tadeu de Souza enfatizou a relevância de ouvir os pesquisadores para fundamentar as políticas públicas, especialmente durante a atual estiagem.

“São os pesquisadores que mantêm contato direto com as populações do interior, detendo o conhecimento sobre tecnologias sociais essenciais para a segurança alimentar e hídrica. Precisamos nos apropriar dessas informações, principalmente no que diz respeito ao monitoramento. Estou certo de que este é o começo de uma colaboração institucional que trará muitos benefícios”, afirmou o vice-governador.

Desde 1999, o Instituto Mamirauá tem atuado no manejo participativo da pesca de pirarucu, além de desenvolver outros programas de pesquisa e desenvolvimento social em 36 áreas protegidas da Amazônia. Esse trabalho ajudou a aumentar em cerca de 620% o estoque natural da espécie nas áreas da RDS Mamirauá e a melhorar a renda dos pescadores locais ao longo dos últimos 25 anos.

“É raro ver um nível de gestão como o do vice-governador tão próximo da ponta, reconhecendo as atividades que o Mamirauá realiza em campo. Essa é uma oportunidade de apresentar sugestões para enfrentar as condições adversas que a seca deve trazer ao Amazonas. Sabemos que eventos extremos estão ocorrendo com maior frequência”, afirmou João Valsecchi, diretor-geral do instituto.

Durante o encontro, Valsecchi apresentou ao vice-governador um projeto de tratamento emergencial da água do rio, que pode ser usado em comunidades afetadas pela seca. O projeto envolve um kit capaz de tratar até 6 mil litros de água, o suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas por até dois meses. Essa tecnologia social de baixo custo, que utiliza hipoclorito de sódio, já foi adotada por prefeituras da região e beneficiará cerca de 15 mil pessoas em áreas de conservação.

O Governo do Estado está atualmente focado em prevenir doenças transmitidas por água contaminada, tanto na capital quanto no interior. Por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), 3 milhões de frascos de hipoclorito de sódio estão sendo distribuídos para todas as 62 secretarias municipais de saúde do Amazonas.

Ciência como aliada

No primeiro semestre, o vice-governador Tadeu de Souza começou a buscar soluções científicas para orientar as decisões governamentais durante a estiagem e iniciou diálogos com outros órgãos federais, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Em julho, o governador Wilson Lima estabeleceu o Comitê Técnico-Científico para assessorar o Comitê de Enfrentamento à Estiagem. O grupo é coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e reúne pesquisadores de órgãos governamentais, universidades e instituições de pesquisa que atuam na área de fenômenos climáticos.

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