Em um importante momento da COP28, realizada em Dubai, a Noruega anunciou um aporte de US$ 50 milhões (cerca de R$ 245 milhões) para o Fundo Amazônia, destacando-se como o maior doador desde a criação do fundo em 2008. Esta contribuição foi divulgada durante um painel especial que marcou os 15 anos do Fundo Amazônia, uma das maiores iniciativas globais dedicadas à redução de emissões de gases de efeito estufa resultantes de desmatamento e degradação florestal na região amazônica.
O anúncio foi feito pelo ministro do Clima e Meio Ambiente norueguês, Andreas Bjelland Erikssen, reforçando os laços de cooperação entre a Noruega e o Brasil no combate ao desmatamento. A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou o significado deste novo aporte, interpretando-o como uma renovação dos compromissos da Noruega e uma demonstração de confiança na retomada das políticas ambientais do Brasil sob o governo Lula, após um período de estagnação do fundo.
Além do aporte norueguês, o Reino Unido também anunciou uma contribuição suplementar de aproximadamente R$ 215 milhões, que faz parte de um compromisso total de R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia. Este reforço financeiro destaca o papel internacional do fundo na promoção do desenvolvimento sustentável e no combate ao desmatamento na Amazônia.
O evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e do superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri, simbolizando o comprometimento do Brasil em sua gestão ambiental. A coordenação do fundo pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil e a gestão pelo BNDES são peças-chave na implementação de projetos voltados para a conservação da Amazônia e desenvolvimento sustentável da região, considerando que o Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, com metade dessas emissões sendo causadas por desmatamentos e queimadas.
Esses novos investimentos no Fundo Amazônia, anunciados na COP28, reforçam o papel fundamental da cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas e na preservação de um dos mais importantes biomas do mundo.
